terça-feira, 4 de agosto de 2009

Hood Ride - Mais que uma tendência uma forma de viver



Oriunda dos Estados Unidos a cultura Rood Ride preza os detalhes da mecânica do automóvel e da satisfação pessoal do proprietário, ao mesmo tempo que prega o famoso jargão “to-me-lixando” para o visual externo. Na pratica porem, a coisa (já) não funciona bem assim... Tudo teve inicio há cerca de cinqüenta anos, quando os jovens americanos criaram a “onda” na qual adaptavam potentes motores V8 a carrocerias e chassi de fabricados nas décadas de 1920/30, que geralmente encontravam abandonadas ou compravam por uma pechincha em ferros-velhos. Seguiu ai o movimento denominado Hot Road.
Como geralmente, não sobrava grana – pois todo o investimento era voltado para à mecânica -, costumavam circular com o veiculo com a aparência (ou falta dela) que ele tivesse, inclusive enferrujado. Recentemente seguiu um novo movimento denominado RatRoad e, um de seus derivativos e o HoodRide– tendência que também já chegou no Brasil -, ambas com a finalidade básica de resgatar a tradição. A diferença é que os modelos destinados ao HoodRide geralmente são comprados em perfeito estado de conservação e sucateados propositalmente. Ou seja o visual importa, sim. O quanto pior melhor.
CULTURA AMERICANA

Foram meses de pesquisas atrás de uma idéia que agradasse e, ao mesmo tempo, não pesasse no bolso. “Foi quando um amigo me enviou uma foto de um carro todo enferrujado”, diz. Por coincidência, a foto mostrava justamente um Fusquinha: isso porque um dos lemas do HoodRide é baratear a brincadeira, e o besouro é um dos automóveis mais abundantes e, portanto, baratos no mundo da customização, não só aqui mas também nos EUA. “Aquela imagem realmente me agradou, pois era diferente de qualquer coisa que eu já tinha visto nos encontros de carro antigo que costumo freqüentar desde criança”, relata o dono do Fusca.

A partir daí, Cássio mergulhou de cabeça no universo HoodRide e iniciou uma intensatroca de e-mails com adeptos do movimento no estado americano do Arizona, onde a cultura da ferrugem surgiu – posteriormente ela se expandiu e também ganhou força na California, berço de toda maluquice sobre rodas nos Estados Unidos. “Com os gringo, aprendi as técnicas necessárias para deixar a carroceria com aparência atual (veja Box) e também a filosofia do movimento, com a qual me identifiquei bastante”,
conta o proprietário.
Na balada do “gastar pouco e andar muito”, Cássio também apimentou o motor 1500 original de um Fuscão com comando mais bravo, com 272 graus de duração. Já a suspensão foi baixada “ao máximo” utilizando o popular sistema de catraca na dianteira, além dos ajustes nos facões da traseira, o que fez as rodas ficarem com o ângulo de cambagem bastante negativo devido a suspensão por semi-eixo oscilante.APARÊNCIAS ENGANAM

Apesar da aparência de abandono, o projeto de um carro dentro da filosofia RoodRide prevê cuidados especiais à estrutura do veiculo. “Todo o chassi, alem de caixa de rodas e outros componentes de segurança são protegidos contra ferrugem”, aponta Cássio. “Já os pára-lamas, pára-choques e outros componentes da carroceria são desgastados
a exaustão, de maneira normal ou até mesmo proposital. Quando acaba, é só ir até o ferro-velho e comprar tudo de novo”, diz. Outro cuidado especial se diz respeito à elaboração do interior. É ali talvez o maior investimento de um legitimo HoodRide. “A gente anda no carro pelo lado de dentro”, filosofa o proprietário. “Quando estamos dirigindo, não importa se a carroceria está pintada ou se a roda é cromada. Quem pensa em estética exterior faz o carro para os outros olharem. Nós não. Fazemos o carro para a gente”, completa o analista financeiro.
No caso do besouro 1970, Cássio o interior chama a atenção com bancos de couro vermelho, enquanto o revestimento das laterais e do teto é feito com lona de fabricar bolsas e sofás. O visual retro do tecido é ditado pela estampa que mescla o rosto de Marilyn Monroe com recortes de jornais. “Comprei tudo o matéria em lojas tradicionais no centro da cidade de São Paulo. Tudo, incluindo a mão-de-obra do tapeceiro custou apenas R$ 400,00”, revela o proprietário.
O restante do visual é baseado em acessórios que remetem aos Hot rods da década de 1950. Exemplo é a longa alavanca do cambio que tem a manopla em formato de bola de bilhar, outro é o retrovisor de moto, que vai adaptado sobre o pára-lama dianteiro, alem dos pinos das válvulas dos imitando dados. Isso sem falar nas peças de acrílico transparente, como a calha das portas e as pestanas dos faróis.

Um comentário:

  1. MUITO LEGAL ESSA TENDÊNCIA,EU MESMO TÔ FAZENDO UM GURGEL X-15,(TIPO DE UMA KOMBI DE CAÇAMBA),QUE POR SINAL ESTÁ ÓTIMO PARA CONCEPÇÃO DE ROOD RIDE,PINTURA QUEIMADA,ESTOFAMENTO ORIGINALZINHO E RESSECADO PELO TEMPO,SÓ FALTA O MOTOR E REBAIXAR!!!!ABÇ!!!

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